sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Crianças obesas com apnéia do sono apresentam menos hipertrofia adenotonsilar do que as não obesas

Crianças obesas podem desenvolver apnéia obstrutiva do sono (AOS) com menos hipertrofia adenotonsilar do que as crianças não obesas, de acordo com relato publicado no Chest.

Conquanto a hipertrofia adenotonsilar exerça um importante papel na AOS de crianças em geral, não está claro seu papel no crescente número de crianças obesas com AOS de acordo com o autor Dr. David Gozal, University of Louisville Kentucky, e colaboradores

O grupo conduziu um exame retrospectivo de achados polissonográficos em 206 crianças obesas e 206 não obesas de semelhante gravidade.

Os autores observaram uma relação direta entre escalas de tamanho de adenóides e de amídalas e índice de obstrução apnéia-hipopnéia (IOAH) em crianças não obesas, mas não em crianças obesas, sendo o tamanho adenotonsilar muito maior em crianças não obesas comparadas a crianças obesas.

Em contraste, não houve associação linear entre IMC e a escala IOAH. Houve, contudo, uma significante associação entre o IMC e a escala de Mallampati que apresentou-se significativamente maior nas crianças obesas.

Os autores escreveram que não está claro por que o excesso de gordura contribui para alterações respiratórias no sono. Contudo os achados podem sugerir que a deposição de gordura nos tecidos moles na via aérea superior é mais provável de ocorrer em um cenário de obesidade podendo contribuir para reduções do diâmetro da via aera superior facilitando a ocorrência de AOS quando na presença de hipertrofia de linfadenóide.

O autor conclui que, o tamanho das amídalas não deve ser um fator determinante no diagnóstioco de AOS. Estudos de sono devem ser conduzidos antes da definição da adenoamidalectomia para definir a presença e a gravidade da o distúrbio, sendo que em crianças obesas a cirurgia não deve ser considerada curativa.

Fonte: www.medstudents.com.br

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