domingo, 27 de setembro de 2009

Vantagens evidenciadas em nefrectomia com assistência robótica para tumores renais

No tratamento de tumores renais, a nefrectomia parcial com assistência robótica (NPAR) oferece controle oncológico comparável à nefrectomia laparoscópica tradicional, mas com menos perda sanguínea, menor duração da isquemia quente e da internação hospitalar, segundo uma nova pesquisa.
Os resultados sugerem também que os parâmetros para a nefrectomia robótica são menos influenciados pela complexidade do tumor do que aqueles para a cirurgia tradicional.
“A NPAR está emergindo rapidamente como uma alternativa à laparoscópica para o tratamento de malignidades renais”, segundo a explicação do Dr. Brian M. Benway, da Washington University School of Medicine, em St. Louis, e de seus associados. O presente estudo é “a maior comparação em instituições múltiplas entre duas abordagens, até o momento, descrevendo resultados obtidos por três experientes cirurgiões minimamente invasivos".
De acordo com uma publicação no The Journal of Urology, os pesquisadores compararam os resultados de 118 nefrectomias parciais laparoscópicas consecutivas com os de 129 robóticas que foram realizadas em três centros acadêmicos de 2004 a 2008. Os grupos de pacientes eram comparáveis em termos de idade, de gênero, índice de massa corpórea, risco anestésico e do tamanho do tumor na radiografia.
Ambas as modalidades de nefrectomias foram semelhantes no tempo cirúrgico total (189 contra 174 minutos), no acesso ao sistema coletor (47% versus 54%), no tamanho patológico do tumor (2,8 para 2,5 cm) e na taxa de margens positivas (3,9% a 1%). Em contraste, a técnica com assistência robótica associou-se à menor perda sanguínea durante a cirurgia (115 contra 196 mL, p = 0,03), à menor duração de internação hospitalar (2,4 versus 2,7 dias, p < 0, 0001) e de isquemia quente (19,7 para 28,4 minutos, p < 0,0001).
Houve uma complicação intra-operatória no grupo da laparoscopia (lesão adrenal), enquanto não houve nenhuma no grupo da cirurgia robótica. Já as taxas correspondentes de complicações pós-operatórias foram de 8,6% e de 10,2%.
“Este trabalho é significante por ser o primeiro a sugerir que a abordagem robótica pareça beneficiar urologistas laparoscópicos experientes”, de acordo com um editorial correlato escrito por Dr. Kevin C. Zorn, da University of Chicago."No entanto, é importante que os leitores estejam cientes de que um assistente cirúrgico bem treinado e o apoio de uma equipe de enfermagem dedicada na sala de cirurgia, associados à proficiência robótica e a uma experiência cirúrgica em conservação nefrética, são cruciais para assegurar estes favoráveis e consistentes resultados da NPAR".

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